Vozes vagabundas, famintas
Sussurros por entre a névoa
Vinde até mim, quero ver-vos
Soam por entre o etéreo
Sons famintos de glória
Quero sentir-vos
Vozes delirantes e belas
Como sabeis que existo?
Suspirais em meu mundo
Oiço-vos na minha mente
Quero alcançar-vos
Quero perder-me
No vosso leito azul...

Esperava poder ouvir o fim
De tudo aquilo que perfaço
Pois é a mim que me desfaço
Numa vida já sem mim

Três passos leves sobre a areia
Sente-se o mar uivar
Ouvem-se as tuas palavras
Como suspiros no ar
Tua luz borbulha no tempo
A noite é bela e azul
Com cheiros difusos, confusos
Sente-se o esvoaçar do tule
Magia minha que és
Contornada a meus pés
Diz-me quem sabes que sou
Grita-me quem sabes que és
Diz-me que o tempo é eterno
Que a chama jamais se apagará
No teu leito profundo
Na tua barca de prata
E meus olhos se erguerão
Cinco passos divinos
Por entre os campos plantados
Encontram-se sons flamejantes
No ar respiram-se os prados
Procuro a tua luz
Por entre os mistérios cinzentos
Magia minha em que és
O céu de todos os momentos
Magia minha que és
Contornada a meus pés
Diz-me quem sabes que sou
Grita-me quem sabes que és
Procura nas estrelas a verdade
E segreda-me com teu orgulho
Todos os mistérios da noite
A noite em que hoje mergulho...

Mais uma imagem de Luis Royo... tão linda...

Sinto o momento
Quero ver os teus sinais
Mostra-me o teu caminho
Abram-se as brumas
Dilatem-se as artérias da vida....

Wicca... este site italiano é interessante: www.avalonceltic.com

Quero fugir do sentir
Porque sentir é intenso
E se sinto não penso
Não morro
Não quero...

É amargo o tempo em que pondero somente a questão
Será que se ouve a minha voz quando penso em ti?
Doeria menos se soubesse que tudo não passa daqui
Amanhã o sol poderia brilhar de novo ou chover
Negaria esta amargura extrema e confusa
Porque me afectas tanto?

5/6/2005

Conheci as ilustrações de Luis Royo apenas este ano... apesar disso, já tive oportunidade de fazer um trabalho sobre ele para a cadeira de Expressão Plástica. Royo nasceu em 1945 em Olalla, Zaragoça... onde começou a desenhar.

Alguns dias que o silêncio vai consumindo... já se passaram alguns dias e já estou farta de estar de férias... não acontece nada de novo, é tudo tão monótono e aborrecido aqui. Tudo acontece da mesma forma de sempre...

Cicatrizo os pensamentos
Que me destroem por dentro
Quero gritar, quero doer
Sentir o que há em mim a morrer
E destruí-lo em silêncio
Quero falar com a alma
Dizer-lhe tudo o que sou
Ela sabe, não comenta
As cicatrizes que clamam
Os pensamentos que voam
E se as vontades já morrem
É por crueldade tua