Perdida
Estradas cruzadas e abertas
Sinto-me ao centro
De um mundo vazio e sumido
Como o tempo nada me diz
Da nostalgia cólica perdida
Vivo num deserto assumido
E no fogo deste cerco me aperto
Me liberto do que sou, do que fui
Já não me conheço
Estreitos parados que evoco
Nos meus sonhos vazios
Não me vindes libertar das fantasias
Deste mundo em que me encontro
Assim serei eu somente
Um puro nada e o ser
O ser que em mim é presente
Entre o fingir e o ter
Escudos revoltos nas guerras
Que apago da minha mente
São meros golpes afinados, cortantes
Esqueço tudo outra vez
E o silencio dos dias permanece
Inalterado, fugidío
Como uma súplica de mim mesma
Uma angústia e saudade
Somos terra, ardor e pó
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